Exposição no RJ traz retrospectiva de fotógrafo radicado na África do Sul

Roger Ballen começou a fotografar aos 18 anos, na década de 1960. Desde 1982 o norte-americano vive e trabalha no país africano.

O interesse pela fotografia despertou cedo em Roger Ballen, filho de uma fotógrafa da renomada agência Magnum. O norte-americano teve sua primeira experiência com fotografia aos 13 anos. Aos 18 já colecionava uma série de arquivos de fotografias de rua, desde manifestações por direitos civis, protestos contra a Guerra do Vietnã e cenas cotidianas de Nova York, sua cidade natal.

Puppy between feet, de 1999, na série Outland (Foto: Roger Ballen)

 

Com a morte de sua mãe em 1973, Roger decide viajar pela Ásia e África, em Joanesburgo conhece sua futura esposa, e em 1982 se estabelece na África do Sul. Seu trabalho como geólogo fez com que conhecesse pequenas localidades rurais do país e se aproximasse dos sul-africanos, o que rendeu duas séries fotográficas: "Dorps: Small towns in South Africa" e "Platteland: Images from rural South Africa", expostas no Rio de Janeiro.

A partir de 1995 o fotógrafo começa sua incursão pelas artes plásticas, e seu trabalho, sempre em preto e branco, ganha uma dramaticidade maior e vai além do documentarismo do início da carreira.

A mostra, que está em exposição a partir desta quinta-feira (4) no MAM no Rio de Janeiro contempla também os últimos trabalhos de Roger Ballen ainda em andamento. A série chamada Asylum é feita toda com Rolleiflex, a mesma máquina que utilizava na década de 70. Nela, o fotógrafo cria cenas com objetos, esculturas e fotografias, aproximando-se do surrealismo.

Exposição: Roger Ballen - Transfigurações, Fotografias 1968 -2012
Local: MAM - Rio de Janeiro
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85, Parque do Flamengo
Horários: terça a sexta, das 12h às 18h; sábado e domingo, das 12h às 19h
Entrada: R$ 18 - às quartas-feiras a entrada é gratuita a partir das 15h

G1