quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Nova espécie de macaco com juba é encontrada na África

É apenas a segunda vez, segundo cientistas, que um novo tipo de primata é identificado nos últimos 28 anos.



Macaco (Foto: BBC)
Macaco de pelo loiro conhecido como 'lesula' vive na Bacia do Congo, no oeste da África (Foto: BBC)

Uma nova espécie de macaco encontrada na África é o segundo primata a ser identificado em 28 anos, de acordo com cientistas. O animal foi descoberto na República Democrática do Congo, onde é conhecido como ''lesula''. Dois rios, o Congo e o Lomani, separam o habitat desse macaco do local onde vivem seus dois primos mais próximos. Ambientalistas afirmam que a descoberta ressalta a necessidade de proteger a vida selvagem na Bacia do Congo. A descoberta foi divulgada na publicação científica online "Public Library of Science".

Engaiolado
 
O primeiro contato que cientistas tiveram com a espécie foi quando acharam uma fêmea jovem, mantida em gaiola por um professor de escola primária, na cidade de Opala. O animal agora está sob os cuidados de um instituto especializado e sendo monitorado por cientistas. Seis meses depois de encontrar o primata preso, especialistas conseguiram achar outros no ambiente selvagem. ''Quando demos início às nossas investigações, não sabíamos o quão importante do ponto de vista biológico seriam as nossas descobertas'', afirma John Hart, da Fundação Lukuru, que comandou o projeto.

Macaco (Foto: BBC)
Animal está ameaçado pela caça predatória para retirada de sua carne para alimentação (Foto: BBC)

''Não esperávamos encontrar uma nova espécie, especialmente entre um grupo tão conhecido como os macacos guenon africanos'', acrescenta o pesquisador. No documento que descreve os animais, os cientistas detalharam traços distintos: "Uma juba de longos fios loiros rodeando um rosto pálido e nu, com um focinho com uma faixa vertical cor de creme".

Rosto peculiar

O rosto desnudo do lesula é diferente do rosto negro e peludo do parente mais próximo do animal.
O primata ganhou o nome científico de Cercopithecus lomamiensis, em homenagem ao rio Lomani, localizado na região de seu habitat natural. Os pesquisadores acreditam que o animal viva em uma área de cerca de 17 mil quilômetros quadrados na região central do Congo.

Os especialistas temem que, pelo fato de a espécie viver concentrada em uma mesma região, poderia estar mais ameaçada por ações predatórias, como a prática da caça para usar sua carne como alimento. O antropólogo Andrew Burrell, da Universidade de Nova York, disse à BBC que ''a descoberta pode representar talvez a primeira dessa notável floresta, mas pouco conhecida na parte central da República Democrática do Congo, uma região de grande diversidade de primatas''.

Da BBC

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